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Relatório Anual de Emprego 2023

O primeiro Relatório de Emprego em Angola, elaborado pela Jobartis em parceria com o CINVESTEC – Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada de Angola, e com a colaboração da CRH – Comunidade de Recursos Humanos de Angola, representa um marco significativo para a compreensão do mercado de trabalho no país. Este relatório pioneiro oferece uma análise abrangente das dinâmicas de oferta e procura de emprego, além de fornecer informações detalhadas sobre as práticas salariais, a satisfação laboral, e os principais desafios e oportunidades enfrentados pelo mercado de trabalho angolano. Pode descarregar o relatório completo no final deste artigo.

Metodologia

O relatório baseia-se em dados do portal de emprego Jobartis, que inclui informações de 163.715 candidatos, 4.818 empresas e 10.886 ofertas de emprego. Esses dados revelam padrões importantes nas interacções entre candidatos e empregadores, permitindo identificar tendências e oportunidades no mercado de trabalho. Também foram realizados inquéritos abrangentes, resultando em 3.172 respostas que forneceram insights valiosos sobre expectativas salariais, satisfação no trabalho e políticas de emprego. Esses inquéritos ajudaram a entender as percepções dos participantes do mercado de trabalho, tanto do lado da oferta quanto da procura.

Destaques

Afastamentos
  1. O afastamento entre a procura e a oferta situou-se em 2023 em 89%. Isto é, as vagas publicadas absorveram apenas 11% dos candidatos.
  2. Por áreas, é em administração onde existe um maior afastamento (94%) sendo logística e procurement onde o afastamento é menor (42%).
  3. Por anos de experiência, o grupo onde o afastamento é menor é nas vagas que precisam candidatos entre 1-3 anos de experiência. Isto contraria a ideia que é necessária ampla experiência para optar a posições de trabalho.
  4. O afastamento é bem superior para posições sem formação média ou superior (70% vs 87%).
  5. Por províncias, o afastamento é menor nas províncias que em Luanda (63% vs 85%) devido ao facto que a maioria dos candidatos a empregos formais concentram-se em Luanda.
  6. Em quanto as línguas, apenas 13% das vagas exigem conhecimento de inglês.
Características dos candidatos
  1. Por faixa etária, o principal grupo à procura de emprego é o grupo entre 23-35 anos de idade, representando 80% de candidatos, contrariando a ideia de abandono de estudos precoce para procurar emprego.
  2. As mulheres representam apenas 34% do total de pessoas à procura de emprego, sendo que os homens representam 66%.
  3. A presença de expatriados assim como de nacionais retornados no mercado de trabalho tem diminuído consideravelmente nos últimos anos sendo apenas 5,6% dos candidatos contam com experiência internacional.
  4. Uma maioria de candidatos, 64% está disponível para mudar de residência por questões laborais.
Mercado do trabalho
  1. A rotação média no mercado é de 32%. Este valor mede o promédio de saídas do total da força de trabalho ao longo do ano. A rotação é superior nas micro-empresas (com 93% de rotação) e decrescente segundo aumenta o tamanho da empresa até chegar a apenas 6,7% de rotação nas grandes empresas.
  2. 58% das empresas preveem aumentar o número de colaboradores ao longo do ano, enquanto apenas 4% preveem diminuir. Contado com o número de trabalhadores das empresas que pretendem aumentar e diminuir, isto representa um aumento de 12% na força de trabalho.
  3. Os trabalhadores confiam na segurança do emprego. 60% dos trabalhadores acham pouco ou nada provável serem despedidos.
  4. Da sua vez, uma maioria, 55% acham algo ou muito provável mudarem de emprego a curto prazo.
  5. Em linha com a confiança no mercado de trabalho, 50% dos trabalhadores consideram que, de ser necessário, encontrariam emprego em menos de 3 meses. Apenas 15,4% acham que demorariam mais de um ano em encontrar emprego.
Satisfação laboral
  1. Existe um elevado nível de satisfação das empresas com os colaboradores: 79% estão moderadamente ou muito satisfeitas com o nível técnico dos seus colaboradores. Esse valor diminui algo em relação com a satisfação comportamental até 71%.
  2. Da sua parte, o trabalhador angolano está satisfeito com as condições laborais. 80% dos trabalhadores estão algo ou muito satisfeitos com os colegas, 70% com a actividade desempenhada e 64% estão satisfeitos com a chefia. Ao mesmo tempo, 52% dos entrevistados estão satisfeitos com as possibilidades de crescimento na empresa e 51% com a cultura organizacional. A principal fonte de insatisfação é o salário, com apenas 16% estando satisfeitos com o mesmo.
Práticas salariais
  1. A dispersão salarial no mercado é enorme, com os maiores salários sendo 500 vezes superiores ao salário mínimo e 30 vezes superior ao salário médio. A dispersão salarial é maior nas médias empresas que nas micro e nas grandes empresas.
  2. A diferença entre o salário recebido e pretendido é de 104%. Isto é, os angolanos acham que deviam ganhar ligeiramente acima do dobro do que recebem.
  3. Em termos de género, é interessante observar como existe uma maior proporção de mulheres (33%) que recebem menos de 100.000 AOA que de homens (29%). No escalão entre 100.000 – 1.000.000 de AOA esse valor está equilibrado (65% de homens vs 64% de mulheres), enquanto os homens praticamente dobram às mulheres (7% vs 4%) entre as pessoas que ganham mais de 1M de AOA

Obtenha uma cópia gratuita do Relatório completo preenchendo o formulário aqui em baixo.

Obter o Relatório de Emprego 2023

Decola com a Jobartis

2 Comentários

  1. Eu agradeço a jobartis por facilitar o processedimende de procura de emprego, com este relatório vai ser dinâmico a oferta e procura de emprego. “além de fornecer informações detalhadas sobre as práticas salariais, a satisfação laboral, e os principais desafios e oportunidades enfrentados pelo mercado de trabalho angolano.”

  2. Agradeço a Jobartis por disponibilizar todo esforço de modo a facilitar a procura de trabalho(empresas) e oferta de trabalho(pessoas).Deste modo,tem-se verificado um número mínimo de pessoas encontrar seus empregos via vossa ajuda.
    Minha citação está mais virada há uma verificação de uma enorme centralização de empregos na província de Luanda,razão pela qual o relatório primazia aqueles cidadãos a aderirem em massa a todos os serviços publicados.
    Muita gente,não realiza êxodo rural para Luanda por não terem onde ficar,sem condições de uma hospedagem entre outros,motivo pela qual desleixam-se.
    Para outros,são limitados por não possuírem anos de experiência caso peçam…
    Obrigado, Jobartis.

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