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Como redigir um curriculum vitae sem ter experiência profissional

É costume pensar que num CV vale apenas acrescentar a experiência profissional, mas não é bem assim. Qualquer tarefa que tenhas realizado que te tenha dado capacidades e habilidades é susceptível de ser integrada no teu currículo.

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Ter sido voluntário, colaborar em associações culturais, ser membro de um grupo musical ou numa equipa do  teu desporto favorito. Poderia ser boa ideia acrescentar tudo isso ao curriculum. São actividades que as empresas gostam pelas capacidades que contribuem. Como se vê, não ter experiência trabalhista não significa não poder fazer um currículo.

Com a carreira universitária recém terminada chega o momento de redigir o teu CV. Lembre de todas as chaves para o fazer de maneira efetiva e diferenciar-se do resto de candidatos. Sabendo que o objectivo do teu CV é que te convoquem a uma entrevista pessoal na que poderás cativar e persuadir à empresa que têm oferecido um posto de trabalho que te interessa, mas como se vão fixar em ti se não tens experiência?

A primeira coisa que devemos ter clara é que ninguém nasce com experiência, ninguém. Não estás só, não és o único nesta situação e portanto, encontrar trabalho é possível. O ideal é começar a trabalhar no nosso perfil desde a jornada universitária. Utiliza os teus anos universitários para desenvolver capacidades que completem o teu perfil. Não necessariamente trabalhando (que também, ainda que não seja dentro do sector no qual estudar), ainda que simplesmente colocar-se no clube de debate que contribui com uma série de habilidades que as empresas valorizam enormemente hoje em dia.

[Tweet “não ter experiência trabalhista não significa não poder fazer um currículo.”]

Ter experiência não é ter tido um contrato de trabalho.

Por este motivo, no quesito experiência, tens de incluir aquilo que tenhas feito e que tenha relação direta com o posto oferecido: práticas académicas ou de cursos, bolsas, voluntariado, projectos próprios que tenhas executado para ti ou para terceiros (desenhos, páginas sites,  conferências, publicações, etc.), inclusive se tens jogado uma mão em negócios familiares. Além de mais, não faz falta que dês explicações no CV das condições em que estavas, simplesmente indica como experiência e se for necessário entrarás em detalhes durante a entrevista. Isto é, não faz falta que especifiques que estavas a fazer práticas, ou que estavas a ajudar a um familiar. Afinal de contas estavas a trabalhar. Mas se te sentes mais à vontade, em vez de titular  “experiência profissional”, podes chamá-lo “experiência” apenas.

Uma vez detectada aquela experiência que queiras incorporar ao teu CV, chega o momento da apresentar.

Para começar, não é necessário que ponhas intervalos de tempo exatos (dia/mês/ano). É suficiente com que indiques o ano em que a realizaste. A seguir, adapta a tua experiência ao posto oferecido. Imagina que os teus pais têm um bar e lhes dás uma mão na gestão e como bartender. Estas tarefas têm relação com matérias transversais como atenção ao cliente, vendas, fornecimentos, contabilidade, etc. Hoje em dia, a versatilidade e a diversidade de funções no trabalho é uma realidade, de tal maneira que temos de aproveitar-nos disso face a moldar o nosso CV ao posto que queremos aceder.

E, em todo o caso, tens de esforçar-te para adquirir experiência. Enquanto estás no processo de busca de emprego realiza cursos que sejam práticos em empresas, participa de voluntariados, colabora com alguma entidade relacionada com o teu âmbito profissional, etc. Com isso, além de adquirir experiência, estarás a nutrir a tua agenda de contactos (algo do que já temos falado  neste outro post: Dicas para construir Network).

Que conselhos darias tu? Comenta e partilha!

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